Zeca Afonso vol 03 - o que faz falta, minha mãe, senhora do almortão, galinhas do mato... (letra)

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00:05 - O que faz falta *
04:19 - Minha Mãe
08:15 - Senhora do Almortão **
Canção tradicional da Beira Baixa
11:17 - As Sete Mulheres do Minho
14:58 - Teresa Torga
18:48 - Galinhas do Mato ***
Vozes - Catarina Salomé, Marta Salomé e CRAMOL - Coro da Biblioteca Operária Oeirense

* Viriato Teles, jornalista - “Entro aqui com um dado da minha própria memória sobre o José Afonso (talvez o Adelino Gomes, que também lá esteve, partilhe essa memória).
Anos 70, ainda antes do 25 de Abril, na fábrica de papel da Abelheira.
A fábrica fora encerrada em 15 de janeiro de 1973 e os trabalhadores resistiram aos despedimentos ocupando as instalações de São Julião do Tojal, Loures.
O José Afonso foi lá cantar uma noite. Eu estive lá como jornalista do Notícias da Amadora. A notícia é que teimou em não sair.
O José Afonso foi na qualidade de homem solidário. E, já que lá estava, cantou. Cantou “O que faz Falta…”, acompanhado por um coro de vozes de trabalhadores ao longo de meia hora, três quartos de hora… Sempre em crescendo, um crescendo de emoção e exaltação, com estrofes e versos improvisados sobre o refrão: O que faz falta é avisar a malta… animar a malta… juntar a malta… organizar a malta… libertar a malta… armar a malta…”

** Canção tradicional da Beira Baixa imortalizada por José Afonso em alguns dos seus álbuns, nomeadamente em "Cantares do Andarilho" (1968)
Nossa Senhora do Almortão em Idanha-a-Nova é um lugar de culto muito antigo, já mencionado no foral de D. Sancho II. Lugar de continuada peregrinação até aos dias de hoje, emerge num território de grande isolamento, já bem perto da raia.
A ermida com a sua entrada alpendrada suportada por arcos abre para a imensidão da paisagem e é rodeada por amplos espaços de arraial, recentemente equipados com extensos telheiros de abrigo. A romaria realiza-se 15 dias depois da Páscoa.  O lugar faz reverberar na memória o cantar popular: “Senhora do Almortão / Minha tão linda raiana / Voltai costas a Castela / Não queirais ser castelhana ...  Senhora do Almortão / a vossa capela cheira / cheira a cravos, cheira a rosas /cheira a flor de laranjeira ...".

*** Galinhas do Mato, editado em 1985, é o derradeiro álbum de originais de Zeca Afonso, um disco que conta com a colaboração de seis personalidades maiores da música portuguesa: José Mário Branco, Luís Represas, Júlio Pereira, Helena Vieira, Né Ladeiras, e Janita Salomé.
África na vida de José Afonso - Fruto das suas relações familiares vai para Angola com 3 anos. Com 6 anos regressa a Portugal, com 7 vai para Moçambique e com 8 anos regressa de novo ao território continental.
Homem já formado e depois das experiências estudantis e sociais em Coimbra, está em Moçambique entre os 35 e 38 anos. Entre 1964/65 encontra-se em Lourenço Marques (atual Maputo) e entre parte de 1965 até parte de 1967 vai para a cidade da Beira.
A intermitência no seu relacionamento com o continente africano leva José Afonso a procurar absorver os sonhos, os ritmos e os modos de vida que aí o rodeavam.
Em Moçambique, 1965, criou “Vejam Bem” (Cantares do Andarilho/1968) incluída no filme de José Cardoso, “O Anúncio” compondo também cinco músicas para a peça “A Exceção e a Regra” (Bertolt Brecht) levada à cena pelo Teatro de Amadores da Beira.
Na verdade, ao escutarmos “Galinhas do Mato” do disco com o mesmo nome (1985), somos transportados, mais uma vez, para a beleza e mistério dos embondeiros como se uma dança esquisita nos colocasse, nus e despojados, perante o mistério da vida. Trata-se de uma música sem letra apenas com um tipo determinado de vocalizos.
Há uma incursão por António Quadros (Pintor) com quem fez amizade em Moçambique, nos álbuns “Cantares do Andarilho” / 1968 (Cantares do Andarilho), “Cantigas do Maio” / 1971 (Ronda das Mafarricas), “Eu vou ser como a Toupeira” /1972 (Sete Fadas me Fadaram) e “Enquanto há Força” /1978 (Eu o Povo) aqui com o pseudónimo de Mutimati Barnabé João. António Quadros que assinou poesia com o pseudónimo de João Pedro Grabato Dias, nascido em Viseu, foi para Moçambique lecionar nos anos sessenta.

“Música feita em Portugal”
Criei este canal apenas para divulgar a música nacional, a língua portuguesa e a cultura lusófona. A seleção do repertório retrata uma opção estética meramente pessoal… Como não pretendo ganhar qualquer dinheiro com os vídeos, todos os benefícios são rentabilizados pelos “proprietários dos direitos de autor”.
2 سال پیش در تاریخ 1401/03/07 منتشر شده است.
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