Aristóteles - Ética das Virtudes | Prof. Anderson

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Aristóteles e a Ética das Virtudes
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Aristóteles concebe uma ética das virtudes levando em consideração que tudo tem um fim, e não seria diferente com as ações humanas, que devem ser realizadas objetivando atingir o bem supremo que é a eudaimonia, comumente traduzida por felicidade.
Não devemos entender essa felicidade como uma emoção que temos quando algo bom nos acontece. Ela está mais para um estado de plenitude, uma forma de viver plena, voltada para o bem, para o saber, para a justiça, no aperfeiçoamento constante do caráter.
Precisamos ter em mente que a ética e a política são saberes práticos. E o saber prático pode ser de dois tipos: práxis ou técnica.
Na práxis, o agente, a ação e a finalidade do agir são inseparáveis, pois o agente, o que ele faz e a finalidade de sua ação são o mesmo. Assim, por exemplo, dizer a verdade é uma virtude do agente, inseparável de sua fala verdadeira e de sua finalidade, que é proferir uma verdade; não podemos distinguir o falante, a fala e o conteúdo falado.
Para Aristóteles, na práxis ética somos aquilo que fazemos e o que fazemos é a finalidade boa ou virtuosa. Ao contrário, na técnica o agente, a ação e a finalidade da ação são diferentes e estão separados, sendo independentes uns dos outros.
A técnica tem como finalidade a fabricação de alguma coisa diferente do agente (a mesa não é o carpinteiro, enquanto uma fala verdadeira é o ser do próprio falante que a diz) e da ação fabricadora (a ação técnica de fabricar a mesa implica o trabalho sobre a madeira com instrumentos apropriados, mas isso nada tem a ver com a finalidade da mesa, uma vez que o fim é determinado pelo uso e pelo usuário). Assim, a ética e a técnica são distinguidas como práticas que diferem pela relação do agente com a ação e com a finalidade da ação.
Também devemos a Aristóteles a definição do campo das ações éticas. Estas não só são definidas pela virtude, pelo bem e pela obrigação, mas também pertencem àquela esfera da realidade na qual cabem a deliberação e a decisão ou escolha.
Em outras palavras, quando o curso da realidade segue leis necessárias e universais, não há como nem por que deliberar e escolher, pois as coisas acontecerão necessariamente tais como as leis que as regem determinam que devam acontecer. Não deliberamos sobre as estações do ano, o movimento dos astros, a forma dos minerais ou dos vegetais. Não deliberamos nem decidimos sobre aquilo que é regido pela natureza, isto é, pela necessidade.
Mas deliberamos e decidimos sobre tudo aquilo que, para ser e acontecer, depende de nossa vontade e de nossa ação. Não deliberamos e não decidimos sobre o necessário, pois o necessário é o que é e será sempre tal como é, independentemente de nós. Deliberamos e decidimos sobre o possível, sobre aquilo que pode ser ou deixar de ser, porque para ser e acontecer depende de nós, de nossa vontade e de nossa ação.
Com isso, Aristóteles acrescenta à consciência moral, trazida por Sócrates, a vontade guiada pela razão como o outro elemento fundamental da vida ética.
Devemos a Aristóteles uma distinção central em todas as formulações ocidentais da ética: a diferença entre o que é por natureza (ou conforme à physis) e o que é por vontade (ou conforme à liberdade). O necessário é por natureza; o possível, por vontade.
A importância dada por Aristóteles à vontade racional, à deliberação e à escolha o levou a considerar uma virtude como condição de todas as outras e presente em todas elas: a prudência ou sabedoria prática.
Ela é a sabedoria, o saber prático necessário, a chave da felicidade, para viver moderadamente. É a prudência que nos permite viver sem exageros e nem deficiências, ou seja, no meio termo. É essa virtude que nos permite saber como agir moderadamente em cada situação particular.
Prudente é aquele que, em todas as situações, julga e avalia qual atitude e qual ação melhor realizarão a finalidade ética, ou seja, garantirão que o agente seja virtuoso e realize o que é bom para si e para os outros.
Na Ética a Nicômaco, encontramos a síntese das virtudes que constituíam a excelência e a moralidade da Grécia clássica. Nessa obra distinguem-se vícios e virtudes pelo critério do excesso, da falta e da moderação: um vício é um sentimento ou uma conduta excessivos (temeridade, libertinagem, irascibilidade, etc.), ou, ao contrário, deficientes (covardia, insensibilidade, indiferença, etc.); uma virtude é um sentimento ou uma conduta moderados (coragem, temperança, gentileza, etc.).
As virtudes são as qualidades do caráter que nos permitem conseguir os bens necessários (materiais e imateriais) para viver plenamente, ou seja, ter uma vida feliz.
2 سال پیش در تاریخ 1401/01/21 منتشر شده است.
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