A filosofia de Richard Rorty | Prof. Cristiano

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4.4 هزار بار بازدید - 4 سال پیش - Richard Rorty (Nova Iorque, 4
Richard Rorty (Nova Iorque, 4 de Outubro de 1931 - Palo Alto, 8 de Junho de 2007 foi um filósofo pragmatista estadunidense. A sua principal obra é Filosofia e o Espelho da Natureza (1979). Richard Rorty foi um filósofo que esteve em pé de guerra com a filosofia durante toda a sua vida. Defendia-se contra a pretensão de absoluto do pensamento analítico e renunciou durante décadas, a modo de protesto contra as correntes tradicionais do seu âmbito, a dirigir uma cátedra de filosofia (apenas aceitou até 1982 um lugar na Universidade de Princeton). Rorty afirma que um por um breve período em sua formação filosófica, foi quase sempre histórica. Mais tarde, depois de formado, ele teve contato com a filosofia analítica, após as publicações das últimas obras de Wittgenstein. E é a partir da concepção de Wittgenstein, mais especificamente o que chama de segundo Wittgenstein por causa de sua abordagem analítica, que Rorty vai construir sua concepção de filosofia. Para ele a filosofia ao longo do tempo acabou se profissionalizando e deixou de abordar os problemas da vida, principalmente depois da filosofia analítica dominante nos EUA, pois, para ele essa disciplina acadêmica que se resolve na pesquisa obsessiva dos fundamentos do conhecimento objetivo tirou a filosofia de sua dimensão histórica. Na sua obra mais famosa: “A filosofia e o espelho da natureza” de 1979, ele vai dizer: "em geral os filósofos consideram sua disciplina como uma discussão de problemas perenes, eternos (...) alguns destes referem-se à diferença entre seres humanos e os outros seres, e se concentram nas questões que se referem à relação entre mente e corpo. Outros problemas se referem à legitimação das pretensões de conhecimento e concentram-se nas questões que se referem aos fundamentos do conhecimento. Descobrir tais fundamentos significa descobrir algo sobre a mente, e vice-versa" RORTY, Richard. A filosofia e o espelho da natureza. Trad. Antônio Trânsito. Rio de Janeiro: RelumeDumará, 1994. p.19 Ou seja, fica claro que a pretensão da filosofia tradicional é estabelecer sistemas e teorias que seria eternizadas e resolveriam os problemas relativos ao conhecimento. Essa ideia parte do ponto de vista de que a filosofia compreenderia os fundamentos do conhecimento e encontraria esses fundamentos a partir do estudo da mente, ou dos processos mentais. A mente funcionaria como um grande espelho no qual existem representações diversas do mundo e o conhecimento seria exatamente o saber adquirido a partir de um método adequado. Ou seja, se a filosofia é uma teoria do conhecimento, é preciso polir esse espelho que é a mente para que haja exatidão. Esse tipo de abordagem é chamada por ele de pensamento ou filosofia fundacional tradicional. Nesse tipo de abordagem estariam inseridos Descartes ao se voltar para a interioridade ou em Kant ao trazer para a superfície as condições de possibilidade da experiência, ou seja, os a priori. A conjugação dessas três ideias: mente como espelho da natureza, o conhecimento como representação apurada e filosofia como busca e posse dos fundamentos do conhecimento acabou profissionalizando a filosofia como epistemologia, ou teoria do conhecimento, fugindo de uma concepção histórica relacionada aos problemas da vida. Na opinião de Rorty Wittgenstein, Heidegger e Dewey deixaram de lado essa noção em prol de uma filosofia que ele chama de filosofia edificante. O que significa isso. Enquanto os filósofos sistemáticos que aceitam uma certa institucionalização de seu vocabulário ou de seus escritos que passam a guiar uma tradição, os filósofos edificantes rejeitam essa possibilidade e mais ainda contribuem para que sua filosofia seja uma filosofia a ser superada quando for preciso, não propõem construções teóricas e argumentações em que pensam ter capturado as verdades definitivas. Em suma, poderíamos dizer que os filósofos edificantes buscam a verdade, mas jamais aceitam que sua doutrina seja catalogada como a “totalidade da verdade”. Nesse sentido, ele resgata inclusive a ideia do ser humano como sujeito do conhecimento, como criador e não apenas como um multiplicador de ideias. "pensar que manter aberta a discussão constitua uma tarefa suficiente para a filosofia, que a sabedoria consista na habilidade de sustentar uma conversa, significa considerar os seres humanos como criadores de novos discursos mais do que seres a serem acuradamente descritos". Ou seja, se a filosofia fundacional chegou ao seu fim, agora surge a filosofia edificante como um projeto de educação e formação dirigidos às descobertas e principalmente à verdade que não pode ser empacotada e entregue como um produto por quem quer que seja. EMAIL: [email protected] profilocri.blogspot.com.br/ Curriculum Lattes: lattes.cnpq.br/6359723688396030 Site: saberemfoco.webnode.com/ Canal: youtube.com/user/cpbbh/vi...
4 سال پیش در تاریخ 1399/06/05 منتشر شده است.
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